sexta-feira, 18 de março de 2011

0 Elas ainda permanecem

Estou sentada, na minha janela, olhando-as. Você partiu deixando apenas flores. Não tenho coragem de toca-lás. Mas as flores ainda permanecem ali, intactas e vibrantes. Como se quisesse que eu jamais o esquecesse. Ora, como poderei esquecer-te? Devo dizer que quero, mas tenho que admitir que não consigo. Você foi um capitulo da minha vida, meu predileto. Poderei me distrair, não lembrar de você por algum tempo, mas jamais lhe esquecerei. Pois suas flores ainda estão na minha janela, elas ainda permanecem intactas esperando a sua volta... Ou sou eu que estou. 

L. O. Pereira

quarta-feira, 16 de março de 2011

0 Não consigo escrever


Mãos trêmulas sobre o papel, cabeça vazia. Milhares pensamentos misturados, mas nada ao certo. Um nó na garganta, as lágrimas começam a escorrer, sem sentido. Eu sentia uma parte de mim morta, e essa parte quer ressuscitar, mas não consegue mais escrever impedindo todo meu mundo de andar. O que faz a parte ficar mais fraca, triste e nervosa. Um mundo, meu mundo está desmoronando e eu não o que fazer. Cada texto é um pouco de mim e sem eles eu não sou nada. Só cinzas de uma pessoa que nunca vai retornar. Choro sempre que relato partes mais tristes de mim, sorriu quando consigo lembrar meus momentos felizes. Eu quero meu mundo de volta, aquele que todos ao meu redor estão despedaçando, fazendo dele mais um sonho inútil. Mas era um sonho que eu fazia questão de não acordar, um sonho pelo qual eu tento manter os olhos fechados, para com ele ter mais tempo. Viver um pouco dessa mentira que está me corroendo por dentro. Mas a realidade ao poucos está entrando, fazendo de mim mais uma pessoa triste nesse mundo miserável. Meu mundo está desmoronando, não por causa da minha mentira, e sim por causa da sua verdade.

L. O. Pereira 

terça-feira, 1 de março de 2011

2 Desejos.


Entraríamos em casa sem ar entre beijos, as línguas de chicoteando-se. Suas mãos entravam pela minha saia acariciando minha calcinha, e minhas mãos arrancavam sua blusa estourando os botões. Pegou-me no colo pressionando-me na parede, nossos corpos estavam juntos. Nós dois já estávamos nús no pequeno corredor do apartamento, pressionava-me na parede e eu gemia de desejo. Puxei seus cabelos, e joguei a cabeça para trás. Colocava-me no chão e ia beijando minha barriga, descendo e passando a língua devagar.
-- Aaa -- gemia sentindo cada músculo do meu corpo pedindo mais e minha vagina pulsava. Você subia beijando-me outra vez,  eu pressionava nossos corpos suados, indistinguíveis as fontes, misturando-se entre si. Apertava suas nádegas. Minhas mãos eram urgentes, incessantes e incontroláveis. Cairíamos um ao lado do outro, satisfeitos e saciados, pelo menos por enquanto. 
Isso é apenas um dos meus milhares de desejos por você. 

L. O. Pereira
 
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