domingo, 18 de setembro de 2011

1 Labirintos


Saudade febril, insana, momentânea e permanente. Contraditória nos sentidos mais primários.  Apresenta-se diante de paradoxos ridiculamente criados por minha conexões sem nexo (tudo em prol de um pretexto). Sinto-te. É incrível a dor pela qual procuro e insisto nos becos sem saídas de minha mente. Loucos devaneios pelos quais anseio e fujo incansavelmente para logo depois entregar-me. Já não sei do que corro. Muitas das vezes, persigo à meu próprio perseguidor. Saudade de teus carinhos inexistentes — é muito aí em que me confundo — teus sorrisos distantes que cegam-me em meio a neblina. Nas fumaças que eu costumo criar, não sei quem é você. Perdi-me na tênue linha entre realidade e fantasia do que eu amo, do que costumava amar, de quem já não sei o que esperar. De ti e dos outros. Dos amores infinitos que brotam de mim de forma inconstantes, em limites improváveis. Paixões volúveis entre mim e mim mesma. Entre ti e tua outra face. Confundo-me nas minhas infinitas florestas que jamais pensei que poderiam existir. Cansei de ser ambígua, porque já não sei guiar-me em meus próprios labirintos e bifurcações. E é ridículo o quanto isso pode doer.

(Quero sinais. Quero vermelho impresso em teus azuis inacabados e frágeis. Quero meu vermelho em teus roxos violentos. Quero beijos de tuas cores agressivas.)
Escritora: Giulia Fontes 
Blog: into wasteland

About the Author

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions. If you like it Subscribe to Our Feed and Follow Me on Twitter Twitter username

    Other Recommended Posts

1 Opiniões:

Jé. disse...

Gostei! Dá uma passadinha no meu blog :*

Postar um comentário

 
back to top