Saudade febril, insana, momentânea e permanente. Contraditória nos sentidos mais primários. Apresenta-se diante de paradoxos ridiculamente criados por minha conexões sem nexo (tudo em prol de um pretexto). Sinto-te. É incrível a dor pela qual procuro e insisto nos becos sem saídas de minha mente. Loucos devaneios pelos quais anseio e fujo incansavelmente para logo depois entregar-me. Já não sei do que corro. Muitas das vezes, persigo à meu próprio perseguidor. Saudade de teus carinhos inexistentes — é muito aí em que me confundo — teus sorrisos distantes que cegam-me em meio a neblina. Nas fumaças que eu costumo criar, não sei quem é você. Perdi-me na tênue linha entre realidade e fantasia do que eu amo, do que costumava amar, de quem já não sei o que esperar. De ti e dos outros. Dos amores infinitos que brotam de mim de forma inconstantes, em limites improváveis. Paixões volúveis entre mim e mim mesma. Entre ti e tua outra face. Confundo-me nas minhas infinitas florestas que jamais pensei que poderiam existir. Cansei de ser ambígua, porque já não sei guiar-me em meus próprios labirintos e bifurcações. E é ridículo o quanto isso pode doer.
(Quero sinais. Quero vermelho impresso em teus azuis inacabados e frágeis. Quero meu vermelho em teus roxos violentos. Quero beijos de tuas cores agressivas.)
Blog: into wasteland
1 Opiniões:
Gostei! Dá uma passadinha no meu blog :*
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