domingo, 11 de dezembro de 2011

1 Eu te odeio

Eu sinto falta de você. Sinto falta do seu cheiro, sua voz macia, mas forte com um ar sarcástico. Sinto falta dos momentos que só existiram na minha cabeça, sinto falta dos quais você realizou. 
Sinto falta de quando eu achava a vida um inferno passava maquiagem e sorria, mas você sabia que eu não estava bem. Apenas me abraça e dizia "pode contar comigo, me diga quem é que esta te machucando" e eu segurava as lagrimas, minha garganta começava a doer, eu queria tanto te dizer "é você", mas eu não conseguia. Eu me apertava contra seu peito e queria gritar, mas as lagrimas e as repetidas palavras "não é nada, eu estou bem" eram as únicas coisas que saiam de mim. Foram momentos ruins que só eu sei, e mais ninguém, os motivos. 
Mas você não era só sofrimento, você foi a pessoa que me manteve feliz por mais tempo que qualquer um. Você ria das minhas piadas sem graças, você fazia questão de se falar comigo, de me ver, de me abraçar. Você adorava me acariciar com sua barba curta que me arrepiava e me enlouquecia. Seu filho da mãe, eu te amei. Eu te amo.
Você era o imperfeito perfeito, você era a dor que eu queria sentir, o veneno que eu queria tomar, a droga com a qual eu queria me matar. Eu te odeio tanto por ter feito eu te amar, mas, mesmo que pudesse, não mudaria nada. Sofreria, passaria pela mesma merda um bilhão de vezes, só pra ver seus olhos indecifráveis outra vez. 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

2 Não me deixe


Eu me ajoelho no quarto, eu grito por dentro, eu me afogo em um mar de dor onde ninguém pode ver. As pessoas que vêem, não se importam. Você, meu amor, não se importa. Mas mesmo sabendo que você não liga pra mim, mesmo sabendo que você só quer em usar como um objeto de satisfação. Sim, você quer meu corpo. Quer minha mente, você quer que eu te queira, pra eu te dar tudo oque você quer. Você acha não sei, mas na verdade eu sei. E isso me fere, hoje eu não me importo em sofrer um pouco mais, porque eu sofri demais. Então me use, abuse de mim, arranque meu coração, minha alma, meu amor próprio. Mas deixe, um pedaço de ti, é a unica coisa que peço em troca, eu te quero aqui comigo, por uma eternidade. Não me importa se você não for meu, não importa se você não me quiser, não importa se você nunca vai me amar. Eu quero sentir você todos os dias, eu quero ver seu sorriso, eu quero ver sua felicidade, enquanto não se importa com nada que se dirija a mim. Eu te imploro, faça oque quiser de mim, mas não me deixe. Eu  fiquei só por muito tempo, e isso fez com que eu me perdesse. Não me importo em viver um ilusão desde eu esteja feliz, e você esteja comigo. Eu te imploro, não me deixe. 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

2 F.

Eu sinto falta do seu toque. Aquele que me arrepiava, aquele irrestringível. 
Sinto falta do calor dos nossos corpos juntos. 
Sinto falta das juras de amor eterno, sinto falta até das suas ilusões. Aquelas que me machucaram tanto, aquelas que me forçam a nunca esquecer de você.
Há uma enorme vazio dentro de mim que talvez ninguém além de você possa preencher. Você me deixou fria, quebrada, sem alma, mas nunca mais me sentir tão viva como quando você estava ao meu lado e sei que aqueles curtos e perfeitos momentos nunca retornarão, mas também sei que os jamais esquecerei. 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011


Seus olhos não pediam permissão para me olhar, não pediam permissão para me enlouquecer, não pediam permissão para me arrepiar, seus olhos não pediram permissão para me abandonar. Mas no final, eles nunca mais me olharam. 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

0 Esperei demais




Estamos submersos, esse amor estará escondido por muito tempo. Não sei se posso esperar. Tudo que eu quero é você agora, nesse momento, não importa oque você é, eu te quero aqui comigo por mais algumas horas de amor, ou até mesmo por mais tempo. Quero ouvir você dizendo que me ama que eu me tornei um tipo de vicio. Quero saber que você me quer e me deseja 24hrs por dia, 7 dias por semana. Não quero mais lagrimas, quero seu amor. Não quero mais fingir que isso é nada, pois isso é tudo. Temo que quando você perceba isso vai achar um quarto vazio, não porque não te amo mais, mas sim porque o amor não espera para sempre. Quando você chorar, sentir oque eu senti, você vai saber. Um dia você vai me esquecer, porque você me esqueceu por um tempo, e eu te esquecerei de você permanentemente, porque eu esperei de mais. 

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

0 Sem final


Era mais uma noite suicida, sem dó, sem nada que pudesse me fazer sentir vontade de viver. Olhei no visor do celular, eram quatro da manhã. Sentia o frio da madrugada se transformando no da manhã, então percebi que a poucos todos estariam acordado. Os pulsos arranhados mostravam oque eu sentia, era dor, tanto dor. Eu achava que nada, nem ninguém poderia pará-la. 
Passei a madrugada acordada, pensando em tirar algo que eu havia conseguido numa corridinha. Eu tinha me dado à vida, eu não poderia tira-la de mim. A única pessoa que nunca havia tirado nada de mim era eu mesma.
Arrumei-me para acompanhar minha mãe até o trabalho, algo um tanto fora do comum. Nada, eu posso dizer com toda certeza do mundo, que não senti que nada ia mudar. Dizem que quando algo grandioso vai acontecer no nosso coração sentimos, mas para mim, isso era apenas mais uma merda qualquer que rodava nas bocas dos alheios.
Amor à primeira vista? – risos – Nunca acreditei nisso, mas talvez sim. E eu senti todo meu corpo brilhar por aqueles instantes em olhares cruzados, inevitáveis. Não urgentes, apenas ligados, inseparáveis. Sentimentos inevitáveis.
Eu olhava para aquele doce rostinho que tentava disfarçar que me olhava, eu sorria. E depois? Passei a ir à loja da minha mãe todos os dias, sentir, ver e desejar aquele olhar.  O doce olhar de uma criança escondida. Logo então surgiram, conversas, brincadeiras, confidencias. Compartilhamos o sentimento doce da paixão, pelo menos da minha parte sim. A cada abraço um suspiro, a risada um sorriso, a cada toque um delírio. Uma paixão, um amor, uma obsessão.
Mas essa historia de amor nunca teve fim, porque de certo modo, nunca ouve um começo. 

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

0 Eterno amante


Depois de tanto tempo, eu agora consigo dizer seu nome indiferente. Mas isso não quer dizer uma mudança, isso quer dizer que sou fraca. Pois eu finjo, apenas finjo que tenho coragem de dizê-lo. Que não sinto mais a doce vontade, que não sinto o desejo. Que me atinge, excita-me, enlouquece-me.
E você age tão indiferente, e a cada palavra fria e sem sentimento sua me fere como uma adaga entrando bem devagar no meu peito. As vezes duvido que um dia tenha a coragem amar, de conseguir amar.
Eu sentia dor quando te via, você é um espelho pouco distorcido da realidade. Você é igual a mim, o doce veneno do desejo penetra na sua veia e implacável, mas você se mantém indiferente. Matando e corroendo-me. Há! Todos podem dizer - até mesmo você - que eu não o amo. Mas sei que sim, sei oque sinto, sei oque temo, sei oque desejo. E eu te sinto, eu te temo, eu te desejo. Eu quero fazer parte de um pedaço do seu coração, mas você o deixou esfriar. Ficou frio e duro como gelo. Ele apenas aquece a sua musica, a única coisa que nunca lhe deixou confuso, nem lhe magoou.
Não se preocupe meu amor, meu veneno é quente, e o aquecerá. E ele lhe deixará apenas quando desejar, cada pedaço de cada parte do meu corpo será seu, quando disser o que eu tanto quero ouvir. Não quero apenas ouvir, quero sentir. Depois de feito, desfrutará de todo o amor que eu puder dar-te a ti, meu eterno amante. Não me faça esperar mais tanto tempo.

domingo, 18 de setembro de 2011

1 Labirintos


Saudade febril, insana, momentânea e permanente. Contraditória nos sentidos mais primários.  Apresenta-se diante de paradoxos ridiculamente criados por minha conexões sem nexo (tudo em prol de um pretexto). Sinto-te. É incrível a dor pela qual procuro e insisto nos becos sem saídas de minha mente. Loucos devaneios pelos quais anseio e fujo incansavelmente para logo depois entregar-me. Já não sei do que corro. Muitas das vezes, persigo à meu próprio perseguidor. Saudade de teus carinhos inexistentes — é muito aí em que me confundo — teus sorrisos distantes que cegam-me em meio a neblina. Nas fumaças que eu costumo criar, não sei quem é você. Perdi-me na tênue linha entre realidade e fantasia do que eu amo, do que costumava amar, de quem já não sei o que esperar. De ti e dos outros. Dos amores infinitos que brotam de mim de forma inconstantes, em limites improváveis. Paixões volúveis entre mim e mim mesma. Entre ti e tua outra face. Confundo-me nas minhas infinitas florestas que jamais pensei que poderiam existir. Cansei de ser ambígua, porque já não sei guiar-me em meus próprios labirintos e bifurcações. E é ridículo o quanto isso pode doer.

(Quero sinais. Quero vermelho impresso em teus azuis inacabados e frágeis. Quero meu vermelho em teus roxos violentos. Quero beijos de tuas cores agressivas.)
Escritora: Giulia Fontes 
Blog: into wasteland

terça-feira, 30 de agosto de 2011

1 Anjo

O doce anjo se escondia por traz das longas e impecavelmente asas brancas. Eu esfregava os olhos e me convencia de ser um sonho. Olhei com mais fixação, e permaneci calada como antes. Se existisse algo mais belo do que aquela doce menina que seu corpo nu se excedia beleza indistinguível, era um delírio.
Sacudi a cabeça exaltada com a beleza. E quando pude ver eu estava com ela em meus braços, seu corpo era tão gelado que eu podia sentir o arrepio que sobia pela minhas costas. 
Os olhos se abriram, e eram tão azuis que não tinha mais duvidas. Não poderia ser desse planeta, aquela bela criatura. 
Ela tocou no meu rosto e o puxou para o seu, me dando um beijo. E, tenho certeza, não existe palavras no mundo que descrevam a sensação. Nem Shakespeare seria capaz de pôr aquele prazer entre lábios em palavras.

0 Por você

Eu morreria por você, eu mataria por você, eu daria minha alma por você, mesmo sabendo que jamais faria por mim. 

quarta-feira, 8 de junho de 2011

0 Sonhe



Seus sonhos estão na palma de sua mão, é você quem decide se ele continuará guardado. Lembre-se: sonhos não foram feitos para enfeitar uma prateleira, foram feitos para serem realizados.


(Ana Beatriz Queiroz) 


Uma grande amiga minha, e, futuramente, uma grande e famosa escritora. 

0 Medos - Inocência O.3






Estava relendo as postagens do blog e achei esses personagens, que não me lembrava mais.  Fiz a terceira parte do conto. Ficou pequena, pois as idéias estão meio apagadas. 


(...)-- Shhh -- coloquei os dedos nos seus lábios e disse -- Acho que estou começando a acreditar no destino -- então o beijei ele parou rapidamente o beijo. Mas com o desejo visível no rosto.  -- Você é muito nova e eu sou... casado! -- não consegui evitar os olhos arderem e a garganta apertar.(...)


-- Tudo bem? -- perguntou ele. 
-- Shh -- eu sussurrei pondo novamente o dedo indicador em cima dos seus lábios. -- Não vamos estragar esse momento. -- e o beijei com toda vontade que guardei por todos esses anos. Ele hesitou, mas não por muito tempo. Se envolveu no beijo, mostrando-me todo seu desejo, que se igualava ao meu. As línguas se chicoteavam, e todo nosso desejo não se contentaria em um beijo. Ele parou de repente.
-- Não podemos. -- ele abaixou o rosto, desviando-se do meu olhar confuso. 
-- Porque não? -- perguntei, levantando seu rosto. 
-- Você é uma criança! -- exclamou dando um passo para trás, se afastando de mim. 
-- Não sou tão criança assim! Ora, daqui a dois meses eu faço 18!-- eu disse, sabia que ele iria argumentar, então o beijei novamente, puxando-o pela gola. -- Se quiser me ver novamente, estarei naquele restaurante. Apontei na direção. 
Sai sem ao menos esperar sua resposta. Tinha medo de qual fosse. 
Sorri, enquanto andava em pensamentos distantes na passarela do parque, e me toquei que foi ali que nós vimos pela primeira vez. Há 12 anos.
Teria que comprar uma roupa apropriada para o nosso jantar. Quer dizer, se ele aparecer... 

terça-feira, 10 de maio de 2011

0 Sem titulo

Você me desvenda, me cobre de risadas, trata-me indiferente, revela meus segredos. Os mais sigilosos.
Apenas me tratando indiferente... Você tira o manto da escuridão com o qual me cubro, falando loucuras, e meu coração desfruta da sua indiferença.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

1 Foda-se a perfeição!

Não leia! Tá uma merda. Nem sei pq postei ;x


Perfeição. A pior coisa que existe. 
Ela me fez de tola, de boazinha, me machuquei. Sinto a perfeita dor no peito, de uma tentativa para uma perfeita amizade. Que me traiu. Não liguei, pois queria a perfeição, fingir estar bem, sorrir quando quis chorar. Fingi quando queria ser sincera. Chorei, mas não queria chorar. Queria manter a perfeição da amizade. Mas eu não percebi que desmoronei. 
Meu coração era apenas um castelo de cartas, e você fez questão de assoprar.
Perfeição destròi, machuca, elimina a felicidade. 
Os defeitos fazem a vida melhor, fazem a vida perfeita. Eu aprendi da pior maneira. 
Diga foda-se a perfeição, esconder seu sofrimento. Abafar tudo no peito não faz bem, mande um belo 'foda-se' para todos, e seja feliz, com os defeitos. Eles serão melhores que a perfeição.

L. O. Pereira

--

Esse texto saiu meio - totalmente - sem sentido por causa momento que estou.

0 Cansada


Fico perdida em pensamentos indistintos. Devaneios sem sentido. Mas você permanece neles, corroendo-me, mancando-se em mim. Ignora-me, esquece da consideração de irmã que você um dia me deu.
Faz-me entrar em bebedeiras, depressões e ódio profundo da vida. De um dia ter dado valor a pessoas que não mereciam. 
Viajo pra qualquer lugar, mas com você me acompanhando. Sinto sua falta, mas parece que você não sente a minha. E aposto que você não sabe um terço de como isso me machuca, me faz sangrar por dentro.
Na madrugada, escrevo textos aleatórios, mas você se marca em cada um deles. Te escrevo em alguma pequena parte.
Queria apenas um abraço, um adeus. Só para matar essa esperança que grita no meu peito. Ela me implora, ajoelha-se, machuca-me para que eu te veja. Te procure. Te chame.
Mas não quero sofrer. Não por alguém que jamais sofreria por mim. 
Uma lágrima escorre, juro ser a ultima. Mas é apenas uma mentira para consolar minha alma atormentada e cansada.

L. O. Pereira

terça-feira, 12 de abril de 2011

4 Indecifrável


Eu tinha me acostumado com meu mundo, com o que eu sou.
Mas ela chega, destruindo tudo, mudando o mundo e meu futuro.
Eu estava convicto da sua presença, mas jamais pensei que seria tão forte, cada parte do meu corpo se torna quente, as lágrimas dela são facadas em mim.
Essa garota, nem ao menos sabe de que é capaz, ela é a unica que me faz sentir algo jamais sentido. E eu duvido alguem sentir algo igual.
Ela é a unica que me surpreende.
Ela é a unica que me faz idolatrar.
Ela é a unica que me faz amar.
Deito na cama ao seu lado, tomo uma dose de calma. Porque meu coração já parece saltitar a ver ela deitada. Ela murmura coisa  indecifráveis. Vira-se sentindo minha presença, abraça-me e chora no meu peito. Aninhando-se, sinto que ela precisa de mim. Fico sem saber o que dizer, apenas a abraço, apenas isso. Mas pra mim é o suficiente, enquanto o coração dela bater. Escuto ele em um ritmo irregular, deveria ter tido mais um pesadelo. Sinto ela fungar.
- Desculpa... - diz ela limpando as lágrima e se apertando contra meu peito.
- Porque? - pergunto confuso. Tiro o cabelo que caia no seu rosto, ela olha nos meu olhos. Aqueles olhos escuros e tão misteriosos. Mas eu podia ver dentro deles, podia ver muito mais além.
- Por te amar. - disse ela e naquele momento eu soube, que mataríamos e morreríamos um ao lado do outro.
Levantei seu rosto, fazendo-a olha pra mim, ela ficava extremamente paralisada, eu a beijei, pensei que seria o ultimo, mas era apenas o primeiro e o começo da nossa historia. Uma historia indecifrável.


Texto inspirado e narrado pelo personagem do livro meu livro: Indecifrável . O personagem está sem nome, porque ele é muito, sei lá, ai eu estou a procura de um nome ainda ú_ú
Mas eu gostei tanto do texto *--*

segunda-feira, 4 de abril de 2011

2 Sol


Descendo eu podia ver
Eu no horizonte ficava indeciso
Azul com rosa a alaranjar. 
Misturava as cores, e todos a admirar.
Logo pensei, que dia magnifico para amar.

Como é difícil ser quente e não poder aquecer alguém que amo. 
Mas me contento vendo pessoas se apaixonando.
Queria ser a lua, para namorar com as estrelas.
Queria ser o beija-flor para namorar as flores.
Mas sou apenas um sol bobo e cansado
Que quer, nem que seja por um segundo, ser amado.

Rodo o mundo e vejo todos os tipos de beijo
Imagino que delicioso deve ser.
Imagino-me como um humano, chorar, viver e amar. 
Queria poder provar esse sentimento que tanto escuto falar, mas não posso. 
Quem já viu o sol namorar? 
Mas ninguém disse que não podia sonhar.

Vivo com meus pequenos versos a ditar, 
mas ainda sonho em um dia poder amar.

L. O. Pereira


sexta-feira, 18 de março de 2011

0 Elas ainda permanecem

Estou sentada, na minha janela, olhando-as. Você partiu deixando apenas flores. Não tenho coragem de toca-lás. Mas as flores ainda permanecem ali, intactas e vibrantes. Como se quisesse que eu jamais o esquecesse. Ora, como poderei esquecer-te? Devo dizer que quero, mas tenho que admitir que não consigo. Você foi um capitulo da minha vida, meu predileto. Poderei me distrair, não lembrar de você por algum tempo, mas jamais lhe esquecerei. Pois suas flores ainda estão na minha janela, elas ainda permanecem intactas esperando a sua volta... Ou sou eu que estou. 

L. O. Pereira

quarta-feira, 16 de março de 2011

0 Não consigo escrever


Mãos trêmulas sobre o papel, cabeça vazia. Milhares pensamentos misturados, mas nada ao certo. Um nó na garganta, as lágrimas começam a escorrer, sem sentido. Eu sentia uma parte de mim morta, e essa parte quer ressuscitar, mas não consegue mais escrever impedindo todo meu mundo de andar. O que faz a parte ficar mais fraca, triste e nervosa. Um mundo, meu mundo está desmoronando e eu não o que fazer. Cada texto é um pouco de mim e sem eles eu não sou nada. Só cinzas de uma pessoa que nunca vai retornar. Choro sempre que relato partes mais tristes de mim, sorriu quando consigo lembrar meus momentos felizes. Eu quero meu mundo de volta, aquele que todos ao meu redor estão despedaçando, fazendo dele mais um sonho inútil. Mas era um sonho que eu fazia questão de não acordar, um sonho pelo qual eu tento manter os olhos fechados, para com ele ter mais tempo. Viver um pouco dessa mentira que está me corroendo por dentro. Mas a realidade ao poucos está entrando, fazendo de mim mais uma pessoa triste nesse mundo miserável. Meu mundo está desmoronando, não por causa da minha mentira, e sim por causa da sua verdade.

L. O. Pereira 

terça-feira, 1 de março de 2011

2 Desejos.


Entraríamos em casa sem ar entre beijos, as línguas de chicoteando-se. Suas mãos entravam pela minha saia acariciando minha calcinha, e minhas mãos arrancavam sua blusa estourando os botões. Pegou-me no colo pressionando-me na parede, nossos corpos estavam juntos. Nós dois já estávamos nús no pequeno corredor do apartamento, pressionava-me na parede e eu gemia de desejo. Puxei seus cabelos, e joguei a cabeça para trás. Colocava-me no chão e ia beijando minha barriga, descendo e passando a língua devagar.
-- Aaa -- gemia sentindo cada músculo do meu corpo pedindo mais e minha vagina pulsava. Você subia beijando-me outra vez,  eu pressionava nossos corpos suados, indistinguíveis as fontes, misturando-se entre si. Apertava suas nádegas. Minhas mãos eram urgentes, incessantes e incontroláveis. Cairíamos um ao lado do outro, satisfeitos e saciados, pelo menos por enquanto. 
Isso é apenas um dos meus milhares de desejos por você. 

L. O. Pereira

sábado, 26 de fevereiro de 2011

0 Não sabe amar.


Hoje acordei triste, com olhos cansados e inexpressivos, opacos.
Olhei para o corredor escuro que me cercava, me esperava.
Uma armadilha da ilusão.
Só você pode me salvar, mas onde está você? 
Com mais uma de suas amantes?
Mas não é por elas que vem pela manhã carente, em busca de conforto.
Vem atormentar a mim, minha alma, meu corpo.
Mas sempre me deixa no corredor escuro. 
Sozinha, confusa e perdida. Só seu amor pode me salvar,
 mas à um problema, você não sabe amar.

L.O. Pereira

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

0 P. S.: Eu te amo

Vim fazer uma pequena homenagem ao filme "P. S. Eu te amo"

Está é a ultima carta dele para ela, e com certeza é a melhor. Assisti outra vez o filme e foi emocionante. Chorei é claro e lá vai a carta que tanto me emocionou.

Autora: Cecelia Ahern


9ª carta

Querida Holly, eu não tenho muito tempo. Não digo literalmente. Você foi comprar um sorvete e vai voltar logo. Mas tenho a impressão de que é a ultima carta. Porque só resta uma coisa a lhe dizer. Não é para se lembrar sempre de mim ou comprar um abajur, você pode se cuidar sem a minha ajuda. É para lhe dizer como você mexeu comigo, como você me mudou. Amando-me, você fez de mim um homem, Holly... e por isso eu sou eternamente grato. Literalmente. Se pode me prometer algo prometa que... sempre que você se sentir triste ou insegura... ou que sua fé vacilar... você vai tentar olhar pra si mesma com meus olhos. Obrigado pela honra de tê-la como esposa. Não tenho do que lamentar. Tenho muita sorte. Você foi minha vida Holly, mas eu sou apenas um capítulo da sua. Haverá mais. Eu prometo. Portanto aqui vai meu grande conselho. Não tenha medo de se apaixonar de novo. Fique atenta àquele sinal de que não haverá mais nada igual. 
P.S.: Eu sempre te amarei.

Curiosidades sobre o filme:


título original: (P.S. I Love You)
lançamento: 2007 (EUA)
atores:Hilary Swank, Lisa Kudrow, Gina Gershon, James Marsters.
duração: 126 min
gênero: Romance


Sinopse

Holly Kennedy (Hilary Swank) é casada com Gerry (Gerard Butler), um irlandês engraçado por quem é completamente apaixonada. Porém quando Gerry morre devido a uma doença a vida de Holly também acaba, já que ela entra em profunda depressão. Mas o que ela não esperava era que, imaginando que isto poderia acontecer, Gerry deixou para ela diversas cartas antes de morrer. Cada uma delas busca guiar Holly no caminho de sua recuperação, não apenas da dor pela sua perda mas também de sua própria redescoberta.

0 Ainda te amo.


Mesmo que tenha me feito chorar tanto. 
Te amo porque é o único que me faz sorri quanto estou triste.
Mesmo que me magoe com suas atitudes, não consigo deixar de te amar.
Dói saber que se importa comigo, não do mesmo modo que eu, mas eu não consigo mais ficar perto de você.
Meu mundo está se reconstruindo, não consigo pensar e nem imaginar ele se partindo mais uma vez.
Mas sabe, por mais que me faça chorar, por mais que grite comigo, por mais que não me queira, à uma fagulha de esperança no meu coração esperando um dia você vir.
Só espero que não seja tarde de mais. 
P.S.: Ainda te amo.

L. O. Pereira



0 Porque escrevo?

Porque escrevo? Porque acho que esse mundo é muito para enfrentar. E nos meus texto me liberto.
Porque minha vida é um saco, com pessoas chatas, momentos chato e escrevendo posso me teletransportar para um mundo melhor. Com momentos marcantes, descritos com alma e lembranças inesquecíveis.
Na escrita eu posso ser que eu quiser, vivo de personalidades diferentes. De amores magníficos, de dores solúveis ou inversíveis. Uma caneta e um papel, é o necessário.
Um mundo sem a violência. Um mundo feito com apenas três coisas: amor, paz e felicidade.
Um mundo diferente e único.  Que só existe em mim. 
Um lugar apropriado para todas as cores, todas as opções sexuais. Para tudo. É o mundo que espero que exista um dia além da minha imaginação. 
Ler? Ler é algo construtivo e hipnotizador, depois que se prova não se consegue largar. Uma necessidade anormal. E quando você começa a escrever... Cuidado é um vicio fatal, quando se prova é irresistível. 
Você fica dependente, de um modo bom. 


"Escrever é uma arte diferente e nova, 
todos sabem fazer, mas poucos são os que
 conseguem o sucesso com ela."
L. O. Pereira

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

2 Desisto.


Onde foram parar os sacrifícios que fiz por você.
Deixei minha vida. Nunca tive coragem de atravessar a rua sozinha.
Demorei pra perceber, mas agora que percebi, desisto. 
Não desisto de mim, desisto de você.
Que me fez ter medo de por os pés na rua sem você ao meu lado.
Por sua causa eu chorei sozinha te esperando.
Por sua causa eu nunca fui amada. Por sua causa digo adeus agora.
Por sua causa, desisto.


L. O. Pereira

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

0 É muito pra ser esquecido.


Chega ser engraçado a dor que sinto. Ainda espero meu principie, por mais que minha vida esteja arruinada, chego em casa jogo-me na cama e imaginando ele como num passe de mágica aparecer e tornar tudo o que eu quero realidade, é impossível evitar a vontade. 
Todos acham bobagem, mas eu não ligo. Eu ainda espero. 
Não importa quantos anos passem, não importa quantas coisas mudem, 
não importa quanto eu sofra. Ainda sei que vou espera sentada na minha cama você vir e me dizer as três desejadas e esperadas palavras.
Não importa quanto demore ainda esperarei. 
É muito para ser esquecido. É muito para tentar esquecer.
L. O. Pereira

2 Mudanças - Inocência O.2

Continuação do post Inocência.
12 Anos depois...

CAROLINA

Acordei na minha cama, o que parece ser normal pra qualquer pessoa, mas não pra mim.
Levantei tonta, a pior coisa que à em raves é o dia seguinte.
Desci as escadas segurando-me nas paredes. 
-- Carolina que mechas loiras na frente do cabelo são essas? -- mamãe reclamou.
-- HÁ! Cala a boca! -- então ela arregalei os olhos para Lúcio que estava na mesa -- quer saber, vou dar uma volta, e não sei que horas volto -- sai de lá pegando minha bolsa. Fui andar no parque, estava com uma dor de cabeça. Quando já estava andando na passarela do parque abri a bolsa e comecei a procurar uma aspirina.
Me bati em alguém e então levantei os olhos para pedir desculpas, mas parei. Não consegui dizer uma sequer palavra. Era como se o mundo tivesse parado. Ele sorriu. Seus cabelos eram levemente grisalhos. Seus olhos eram conhecidos. 
-- Desculpe...
-- Não, não. Fui eu. 
-- Qual seu nome? -- perguntou ele com um sorriso encantador e curioso.
Engoli a saliva e meu coração e respiração estava irregular. Uni as forças que restavam e disse:
-- Carolina.
Ele então franziu a testa. O olhei sem entender.
-- Faz tanto tempo, deve ser bobagem minha. A propósito você é muito... diferente do que eu acho que ela é agora.
-- Hãn? -- e então imagens da minha infância vieram ardentes e incontroláveis na minha cabeça. Lembrei do seu olhar, seu sorriso. Então eu sorri, ele olhou. 
-- É você! Como...
-- Shhh -- colocou os dedos nos seus lábios e disse -- Acho que estou começando a acreditar no destino -- então o beijei, ele parou rapidamente o beijo. Mas com o desejo visível no rosto.
-- Você é muito nova e eu sou... casado! -- não consegui evitar os olhos arderem e a garganta apertar.

L. O. Pereira
(Vai ter continuação!)



quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

2 Ainda espero

Ainda espero que o mundo fique bom
Ainda espero que a felicidade se espalha
Ainda espero que exista inocência
Ainda espero andar descalça e não parecer louca
Ainda espero que você olhe um dia nos meus olhos 
tão profundamente e veja o amor que tanto escondo...

L.O. Pereira

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

0 Abraço

Sinto falta dos seus abraços. Tão quentes e aconchegantes. 
Tão verdadeiros e sentimentais. Respiro fundo e sinto sua fragrância. 
Aperto mais os braços ao sentir o cheiro que me hipnotiza. 
Libero-te dos meus abraços que acha tão normal. 
Olho-te nós olhos e te digo:
- Oi.
Esperando que um dia perceba que a cada abraço, 
olhar, toque, brincadeira, você é muito mais que um amigo. 

L.O. Pereira

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

1 Meu selo *-*

Hey gente, eu fiz meu selo original *-*
Bem, meu selo minhas regra ú.ú

1} Dar o link de quem indicou: x.x.x.x

2} Lista:
Nome: Jabuticaba
Onde você está? No quarto do meu irmão
O que está vestindo? saia e blusa.
Cor das unhas? preto descascado 
Uma banda? Paramore
Um(a) ator(a)? Minha diva Demi Lovato (pessoinha da foto)
Um programa? Icarly.

3} Blogs que indico e que presenteio com este selo: Amanda's World , Frenética , Dreamcatcher Blog da Bia.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

3 Sonhos roubados.



Não, não sei. Sinto-me para trás, olho paro o lado e vejo meu sonho roubado.  Olho pro outro e vejo mais um.
Não sei se é loucura, não sei se é verdade, pode ser coisa da minha cabeça. Mas não consigo admitir pra mim mesma. Um mistério, mas cada vez os sonhos roubados por pessoas tão próximas parecem maiores. Não sinto mais vontade de lutar por eles, eles foram roubado.
Sinto-me pequena, sinto-me menor. Sinto-me tola, sinto-me fraca.
Quero-o de volta, mas como pedir um sonho?
Não sei se foi porque não lutei o suficiente, ou porque sou tão nova.
Idiotas os adultos, que julgam por números. E eu me sinto cada vez mais um dele, não quero ser isso. E por isso acho que posso lutar.
mas não sei se vou conseguir lutar, as fracas pernas não tem mais coragem de andar ou de lutar.
Cansada. Cansada, sinto-me. Mas será o certo a sentir? Dizem que quando os sonhos valem a pena lutamos por ele, mas e quando não se sabe se vale apena? O que fazer?
Atrás do meus sonhos roubados correr, ou deixar eles fugirem e pegar os menores? Os fáceis. Os piores. Mas não serão sonhos, apenas obrigações. Devo correr ou me esconder?  Não sei mais o que fazer.

Ser ou não ser? - eis a questão (William Shakespeare).


L.O. Pereira

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

1 Real.


Tradicional beijo na chuva.
Na N.R.A tinha um concurso pra se inscrever, mas eu não sabia se eu teria tempo de participar então não me escrevi. A primeira prova era a cena de um beijo, então eu resolvi escrever uma.

x—x—x—x—x

“ Lá estávamos nós, grandes e inseparáveis amigos. Caminhávamos de mãos dada pelo parque, em pleno outono, as folhas dás arvores alaranjadas caiam pelo caminho da calçada de pedra.
Eu estava sorrindo, pois acabou de contar uma piada. Então eu estava tão distraída com seu sorriso que tropecei nós meus próprios pés.
Você me segurou firmemente pela cintura, e nossos rostos estavam muito próximos. Seus olhos escuros se prendiam ao meu de modo inexplicável. Como se eu fosse um copo de bebida na frente de um alcoólatra.
Então uma chuva impossível começou, mas não saímos do lugar, sua mão ainda firme entrelaçada na minha cintura e minhas mãos ao redor do seu pescoço.
Nossas respirações estavam irregulares, olhos nervosos não sabiam para onde olhar. E por um segundo desejei ficar ali, parada por toda eternidade.
Mas não consegui. Hesitante, aproximei nossos rostos, molhados por causa da inexplicável chuva no outono, e nós beijamos.
Sua boca tão macia se encaixava na minha, como se fosse feita pra mim. Especialmente pra mim. Ficamos no beijando ternamente, como uma cena de filme ou livro de romance.
Mas aquilo não era um filme ou capitulo de um livro. Era real. ”


L.O. Pereira

0 Nós encontrar.



Tem vezes em que conseguimos dizer, explicar e ensinar tudo para qualquer pessoa, menos para nós.
Precisamos fugir. Tentar desvendar nós mesmos. Precisamos tentar encontrar a chave do diário, ou a senha do nosso cofre.
Precisamos viajar dentro de nós, correr para longe. Ficarmos sós por ao menos um dia, e então quase todas as respostas serão achadas. Ou não.
Precisamos tentar, precisamos fugir.
Precisamos nós encontrar, pois não podemos deixar nosso eu-interior sumir.
Precisamos fugir. Precisamos encontrar, dizer, explicar e ensinar.
As coisas que um dia deixamos pra trás, coisas que afundamos no nosso peito.
Temos que desenterrar, temos que encontrar a resposta. A última peça do nosso quebra-cabeça. Não podemos esquecer ou fugir de nós mesmo. Mas podemos fugir dos outros, é preciso.
Ou jamais saberemos as respostas do nosso coração.


L.O. Pereira

0 Inocência


Andava pelo parque e vi na minha frente uma menina.
Ela era tão linda, mas de aparência tênue. E olhava para aquela pequena e não chamativa menina via seu delicado rosto e cabelos longos.
Reprimi o impulso de ir até ela e lhe abraçar, lhe tocar. Ver se era de verdade.
Eu olhava pra ela, nossos olhares em foco. Os seus escuros olhos me atraiam feito um imã, ou uma droga feita pra mim. Especialmente pra mim.
Meu deus eu repetia no pensamento não posso ir até ela.
Oque achariam? Um homem de 24 anos que viu uma menina e que seus olhos se prenderam aos dela e ele sente uma imensa vontade de proteger a tênue menina. Sente vontade de abraça-la, toca-la, senti-la. Não de modo sujo, é claro.
Achariam que eu sou mais um nojento.
Não conseguia ficar tanto tempo pensando nessas coisas ruins, o rosto daquela menina me trazia inocência. Uma inocência inevitável.
E então a menina parada me fitando ainda se virou a escutar:
Carolina!
Ela olhou pra mim, como se não quisesse dizer adeus, correu até mim, abraçando-me. Fiquei sem reação por alguns breves segundos, mas logo percebi que a menina esperava eu retribuir. Então a abracei, e senti que se apertasse mais um pouco quebraria seus ossos.
– Carolina!
Berrou a mulher furiosa, vindo à nossa direção. Então a linda menina arregalou os olhos e eu sorri, tentando acalma-la. E ela sorriu e por um segundo o sorriso dela me fez perder deliberadamente a cabeça, fazendo-me viajar.
– Tchau.
Uma doce e roca voz sussurrou, e correu para a moça.
– Adeus.
Eu sussurrei já sozinho na passarela do parque.

L.O. Pereira

(Algum dia,talvez, tenha continuação.)
 
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