segunda-feira, 17 de outubro de 2011

0 Sem final


Era mais uma noite suicida, sem dó, sem nada que pudesse me fazer sentir vontade de viver. Olhei no visor do celular, eram quatro da manhã. Sentia o frio da madrugada se transformando no da manhã, então percebi que a poucos todos estariam acordado. Os pulsos arranhados mostravam oque eu sentia, era dor, tanto dor. Eu achava que nada, nem ninguém poderia pará-la. 
Passei a madrugada acordada, pensando em tirar algo que eu havia conseguido numa corridinha. Eu tinha me dado à vida, eu não poderia tira-la de mim. A única pessoa que nunca havia tirado nada de mim era eu mesma.
Arrumei-me para acompanhar minha mãe até o trabalho, algo um tanto fora do comum. Nada, eu posso dizer com toda certeza do mundo, que não senti que nada ia mudar. Dizem que quando algo grandioso vai acontecer no nosso coração sentimos, mas para mim, isso era apenas mais uma merda qualquer que rodava nas bocas dos alheios.
Amor à primeira vista? – risos – Nunca acreditei nisso, mas talvez sim. E eu senti todo meu corpo brilhar por aqueles instantes em olhares cruzados, inevitáveis. Não urgentes, apenas ligados, inseparáveis. Sentimentos inevitáveis.
Eu olhava para aquele doce rostinho que tentava disfarçar que me olhava, eu sorria. E depois? Passei a ir à loja da minha mãe todos os dias, sentir, ver e desejar aquele olhar.  O doce olhar de uma criança escondida. Logo então surgiram, conversas, brincadeiras, confidencias. Compartilhamos o sentimento doce da paixão, pelo menos da minha parte sim. A cada abraço um suspiro, a risada um sorriso, a cada toque um delírio. Uma paixão, um amor, uma obsessão.
Mas essa historia de amor nunca teve fim, porque de certo modo, nunca ouve um começo. 

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